sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Análise: Sonic Unleashed

Nossa! Dá muita saudade do tempo de criança, sem preocupação, sem contas! Horas e horas gastas jogando meu mega drive com meu Sonic 2. Diverção garantida naquela época!. De lá para cá muitos jogos do porco-espinho azul da sega, foram feitos. Confesso que somente os do Falecido Dreamcast, é que realmente me empolgaram. Contudo, devido as severas críticas do jogos mais atuais, todas as fichas foram apostadas em "Sonic Unleashed", uma prometida volta às raízes, com direito a novo motor gráfico especialmente criado para devolver ao protagonista a ação em alta velocidade que se tornou sua maior característica. O novo jogo é basicamente dividido em dois estilos, as fases do dia e as da noite.

Durante o dia, é prefeito: o bom e velho Sonic que conhecemos e amamos. Fases ultra rápidas divertidas. É uma grande volta ao passado, com um ritmo bastante frenético. Nem sempre você tem muita idéia do que está acontecendo, ou mesmo tem um controle perfeito sobre o personagem, mas há alguma mágica ali, algo reminiscente dos velhos tempos que coloca um sorriso no rosto de qualquer fã das antigas. Porém, quando chega a noite, a coisa muda de figura. Sonic se transforma no tal lobisomem - que não tem muita razão de existir dentro do roteiro; assim ele poderia ter virado um pato, uma pedra ou até o Maguila e não haveria justificativa - e o jogo muda para a ação repetitiva e sem graça. O tal Werehog é um abrutalhado que serve para distribuir pancadas nos inimigos, esticar seus braços como o Sr. Fantástico e falhar miseravelmente quando precisa saltar plataformas. Ainda que óbvia, é uma ótima analogia dizer que realmente é como mudar do dia para a noite.

As fases com o Sonic "verdadeiro" são rápidas, divertidas e desafiadoras; já as do tal lobisomem são arrastadas, aborrecidas e simplesmente frustrantes. Realmente as fazes a noite são chatas, sem atrativos algum!

Sobre o enredo, tudo começa com um belíssimo vídeo introdutório feito em computação gráfica que mostra Sonic avançando pela base do Dr. Eggman - ex-Robotinik, em uma padronização de nomes que agora considera apenas o original japonês - até cair em uma armadilha do vilão. O cientista maluco aprisiona o protagonista em uma máquina que o transforma em lobisomem (?) enquanto desperta uma criatura milenar aprisionada no planeta, rachando os continentes no processo. Sonic, mesmo alterado pela máquina de Eggman, resolve dar um jeito na situação e acaba contando com a ajuda de um ser desmemoriado chamado Chip e de velhos conhecidos como Amy Rose e Tails.

Tudo começa bem, na verdade, com fases do dia que lembram bem os primeiros jogos do herói. São estágios focados na alta velocidade e certos elementos de plataforma, em que você passa voando baixo pelos cenários coletando argolas, quicando sobre inimigos e explorando loopings ou outros obstáculos. Tudo isso combinado com uma boa jogabilidade, o que não pode-se dizer das fazes noturnas!
Graficamente falando, com todo aquele "Oba-oba" formado pelo suposto motor gráfico exlcusivo para o jogo, deixa a desejar em varios aspectos. Apesar de começar bem, com cara de grande produção, não consegue segurar o padrão até o final. Curiosamente as fases rápidas do dia são as melhores, que menos apresentam problemas, enquanto as outras sofrem com alguns picos de lentidão, iluminação com falha. O áudio é bem simpático, em especial a dublagem, ainda que a trilha sonora não conte com nenhum grande tema. É pouco para o maior herói da produtora.

E o veredito é:

Simplismente um jogo mediano. Seria muito melhor que apenas houvesse as fazes diurnas. Os fãs da Sega, sabem muito bem como é isso! O maior ícone da empresa, um dos maiores da indústria, merece ser o astro completo de um grande jogo e não ser figurante em um terço de um título razoável!


Gráficos: 8,0
Jogabilidade: 7,0
Som: 6,0
Enredo: 6,0
Diversão: 5,0
Replay: 4,0

Média: 6,0

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